segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Como vemos o que vemos?

por Rodrigo FeOli

Vocês já devem ter ficado algum tempo na vida a observar as nuvens, mesmo que tenha sido quando criança, porque é bem complicado hoje em dia ficar olhando para cima sem parecer louco. Se você já teve essa oportunidade, provavelmente tenha visto nessas nuvens formas de objetos, rostos... E não só nas nuvens! De repente, você se deparou com uma montanha que parece parte do corpo, ou até mesmo, parece com um pão, quem sabe Pão de Açúcar... (entendeu, mais ou menos, onde quero chegar?).
Pois bem, todo esse papo de doido pretende chegar em um assunto que desperta interesse de diversas áreas do estudo humano, dentre elas, a psicologia, design e a comunicação. É o que chamamos de Gestalt. Essa palavra surgiu na Alemanha e quer dizer "o que é exposto ao olhar".
Particularmente, gosto de separar o ato que a visão exerce em 3 partes: Olhar, ver e enxergar. Parecem sinônimos, mas são extremamente diferentes, porém, complementares. Olhar é quando apenas abrimos os olhos diante de algo e, porque não somos cegos, apenas exercemos a capacidade da visão. Ver é algo mais amplo na compreensão, é quando nós entendemos o que olhamos e conseguimos decifrar como realmente é. Como quando vemos uma cadeira e sabemos o que exatamente é, racionalmente. Agora, enxergar é a parte mais interessante, para mim, mais divertida. É a parte do início do texto, onde exercemos nossa imaginação e livremente interpretamos o que vemos com nossa criatividade, sem compromisso com a realidade, com o racional.
Eu ainda pareço doido quando falo sobre isso? Bem... vamos por a mão na massa, quer dizer, os olhos para funcionar com essa maluquice.




O que você vê no pôster acima?

Bem, deveria ser assustador, mas vemos a figura do James Brown, ícone absoluto da black music. E por que digo assustador? Porque essa imagem foi feita e é interpretada como tal, graças à capacidade que o cérebro tem de codificar o que vê. Mesmo que você não tenha visto a foto do James Brown, consegue identificar o rosto dele. Detalhe, rosto composto por letras e palavras que possuem significado próprio.


E na imagem acima? Consegue ver alguns rostos inusitados? Daí, provavelmente, nossa facilidade em personificar coisas, ou mesmo perceber a personificação. A imaginação acaba sendo mais veloz que a própria visão.

Existem inúmeros parâmetros que são abordados nessa teoria, se você se interessou pelo tema, segue o link mais didático que encontrei na net, inclusive, me utilize de um dos exemplos abordados lá. É o blog do Luli Radfahrer, onde encontrarão muito mais informações sobre o tema.


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